quarta-feira, junho 13, 2007

Resolução de Conflitos

Resolução de Conflitos Relacionados ao Livre Acesso no Gasoduto Bolívia - Brasil
Entre os anos de 2000 e 2001 foram resolvidos pela ANP quatro conflitos relacionados ao livre acesso ao Gasoduto Bolívia-Brasil, sendo três referentes ao serviço de transporte não firme e um ao serviço firme. O serviço de transporte não firme, ou interruptível, é aquele que só pode ser realizado se houver disponibilidade ou ociosidade no duto, após atendida a demanda dos usuários firmes. Já o serviço de transporte firme é o serviço que implica em reserva de capacidade de transporte no duto, e deve ser prestado pelo transportador de forma ininterrupta, até o limite estabelecido pela capacidade contratada de transporte. Os dois primeiros processos, entre a TBG, empresa operadora do Gasoduto Bolívia-Brasil, e a Enersil, empresa do grupo Enron, foram referentes ao mesmo contrato de serviço de transporte não firme de gás natural. Este caso foi pioneiro no país tanto na utilização do previsto no artigo 58 da Lei do Petróleo, que submeteu os dutos e terminais marítimos de petróleo e gás ao regime de livre acesso, como na contratação de um serviço interruptível de transporte de gás. Os dois casos seguintes, entre a TBG e a BG (British Gas do Brasil Ltda.), foram referentes a um serviço não firme e outro firme de curto prazo. O primeiro, com base no princípio da não discriminação, seguiu a linha definida ao longo da resolução do caso Enersil. Já o segundo, apesar da natureza distinta do serviço, seguiu alguns dos conceitos estabelecidos nos casos precedentes, tal como a definição de tarifas relacionadas à distância entre os pontos de recepção e entrega. Este último caso, o primeiro envolvendo a prestação de um serviço firme, acabou resultando no primeiro caso de comercialização de volumes de gás que se beneficiaram do regime de livre acesso a gasodutos no Brasil.
Fonte: ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis
Roberta.

terça-feira, junho 12, 2007

Petrobras investirá maior volume de recursos do PAC em petróleo e gás natural

O presidente da Petrobras, José Gabrielli informou, durante audiência pública realizada nesta quinta-feira (22), na Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI), que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) destinou R$ 171,7 bilhões para investimentos da Petrobras, sendo que o maior volume de recursos (58,2%) irá para as áreas de petróleo e gás natural. A empresa, explicou Gabrielli,, pretende realizar investimentos, até o ano de 2010, em subprogramas relacionados à exploração, produção e refino de petróleo, transporte, petroquímica, gás natural e energias elétrica e renováveis.Gabrielli informou também que a meta de produção de petróleo e gás da Petrobras é de 70 milhões de metros cúbicos até o final de 2010. Ele ressaltou que a Região Sudeste receberá a maior parte dos investimentos da estatal - cerca de 74%. Nessa região, explicou, se localizam as maiores reservas de petróleo brasileiras. No Nordeste, disse, serão investidos cerca de 16% do total de recursos.Poderão acontecer dificuldades de implementação dos projetos da Petrobras com os recursos do PAC, observou Gabrielli, em razão de problemas com licenciamento ambiental e com a diferença entre a demanda do consumo de petróleo e o progresso industrial para o fornecimento do produto. A deficiência de mão-de-obra especializada, salientou o presidente, também pode ser uma das dificuldades que a Petrobras terá que enfrentar durante a implantação de seus projetos. A fim de minimizar esse problema, disse, a empresa deve implantar programas de capacitação profissional para formar pessoas competentes para atender toda a cadeia de produção.
Fonte: Agência Senado - 22/03/2007
http://www.senado.gov.br/web/senador/joaodurval/noticias_2007/janeiro_julho/20070322_petrobras.html

domingo, junho 10, 2007

Países produtores de gás descartam "Opep do gás" e criam comitê de mercado

Os países produtores de gás descartaram, por enquanto, a criação de uma "Opep do gás" e decidiram pela criação de um comitê técnico presidido pela Rússia, para estudar e avaliar o mercado do setor. Ontem, Venezuela e Irã haviam defendido o projeto de criar um cartel para defender os interesses dos países exportadores de gás, nos moldes da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).


"Decidimos criar um comitê técnico, presidido pela Rússia, para estudar e avaliar o mercado do gás e outras questões relativas à essa indústria. Esse é o resultado dos debates sobre a proposta de criar uma organização dos países exportadores de gás", disse o ministro de Energia do Qatar, Abdalá Al Attiyá, após reunião do Fórum de Países Exportadores de Gás, em Doha. A próxima reunião do Fórum vai ocorrer em Moscou, ainda sem data marcada.

Criado em 2001 como uma estrutura informal, o FPEG reúne os cinco maiores produtores do mundo --Rússia, Irã, Qatar, Venezuela e Argélia--, que somam 42% da produção e controlam 73% das reservas mundiais de gás.

Venezuela e Argentina, por sua vez, criaram em março a chamada Organização dos Países Produtores e Exportadores de Gás do Sul (Opegasur, na sigla em espanhol), que já conta com a adesão da Bolívia.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u115909.shtml

sexta-feira, junho 08, 2007

Risco - Bolívia

O receio quanto ao futuro da distribuição do gás natural no Brasil fez cair o numero de conversões de veículos para GNV. Isto se deve ao "risco-Bolivia", nomeado assim desde a interrupção da produção do campo de San Alberto, que obrigou o corte do gás à Argentina e à usina térmica de Cuiabá (MT) e quase afetou a distribuição da Petrobras.
O episódio provocou uma retração de 65% nas conversões de veículos a gás em abril, segundo a Abegás (Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás). Em média, são convertidos cerca de 20 mil veículos por mês.
Em contrate com as vantagens do uso do gás por parte das industrias, dados da Abegás indicam as distribuidoras já sentem demanda maior de empresas que procuraram a troca do gás natural por outro combustível.
Não fosse o receio de desabastecimento o segmento industrial, que corresponde a cerca de 60% do consumo, poderia estar crescendo a taxas maiores. Em fevereiro, a expansão foi de só 2,5%.
O temor de serem obrigadas a parar suas linhas de produção por falta de gás e amargarem prejuízos enormes fez com que muitas indústrias trocassem o gás de suas caldeiras, fornos e outros equipamentos por combustíveis alternativos, especialmente o GLP (gás de cozinha).

Ana Claudia


quinta-feira, junho 07, 2007

Gás Natural e Meio Ambiente


O gás natural caracteriza-se por sua eficiência, limpeza e versatilidade. É utilizado em indústrias, no comércio, em residências, em veículos. É altamente valorizado em conseqüência da progressiva conscientização mundial da relação entre energia e o meio ambiente.
As especificações do gás para consumo são ditadas pela Portaria n. 41 de 15 de abril de 1998, emitida pela Agência Nacional do Petróleo, a qual agrupou o gás natural em 3 famílias, segundo a faixa de poder calorífico. O gás comercializado no Brasil enquadra-se predominantemente no grupo M (médio), cujas especificações são:

· Poder calorífico superior (PCS) a 20 °C e 1 atm: 8.800 a 10.200 kcal/m3
· Densidade relativa ao ar a 20 °C: 0,55 a 0,69
· Enxofre total: 80 mg/m3 máximo
· H2S: 20 mg/m3 máximo
· CO2: 2 % em volume máximo
· Inertes: 4 % em volume máximo
· O2: 0,5 % em volume máximo
· Ponto de orvalho da água a 1 atm: -45 °C máximo
· Isento de poeira, água condensada, odores objetáveis, gomas, elementos formadores de goma hidrocarbonetos condensáveis, compostos aromáticos, metanol ou outros elementos sólidos ou líquidos.




Uso do Gás Natural em veículos

O Gás Natural utiliza-se, em regra, em veículos com motores de Ciclo Otto: a 100%, ou em alternativa com a gasolina (carros ligeiros "dual-fuel").

A adaptação de veículos com motores de Ciclo Otto é muito simples. Porém, a reconversão de veículos de Propulsão Diesel para Gás Natural, pelos utilizadores, é complexa, pouco fiável e cara pelo que não é recomendável; a solução deverá, portanto, ser adaptada quando se adquirirem veículos novos.

Na ausência de uma rede de abastecimento convencional, tem vindo a ser usado preferencialmente em frotas cativas, com pouca exigência de autonomia e com abastecimento centralizado.

Problemas associados ao uso do Gás Natural em veículos

-Exigência de catalisador

-Infraestrutura de distribuição e sistema de abastecimento algo complexos e caros.

-O Gás Natural é um gás de estufa: há necessidade de controlar as perdas por evaporação.

-O Gás Natural tem uma baixa densidade energética (MJ/l). Para ultrapassar esta questão, uma das opções atualmente disponíveis é a sua armazenagem à pressão de 200 bar (Gás Natural Comprimido):

-Os reservatórios ocupam 4 a 5 vezes mais espaço que os combustíveis tradicionais (Nos autocarros localizam-se no tejadilho).

-Aumento mais ou menos apreciável para o veículo.

-Menor autonomia.

Fontes Utilizadas:

http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./energia/index.html&conteudo=./energia/gasnatural.html

http://www.carris.pt/index.php?area=ambiente&subarea=ambiente_gas


Aline.

Gás Natural - Uso Indústrial


Economia. Essa é sem dúvida a palavra que melhor define o porque tantos industriais estão optando pelo uso do gás natural. Além de poupar, as fabricas ainda tem a possibilidade de investir em outras áreas para o crescimento do negocio, gerando assim mais empregos e rentabilidade.

Por ser de distribuição ininterrupta, por meio da canalização, os empresários não precisam se preocupar com sua distribuição. Assim como não correm riscos de segurança estocando combustível.
Esta fonte de energia ainda conta com a versatilidade de suas finalidades, podendo ser usado em empilhadeiras, caldeiras, fornos, secadores, estufas, entre várias outras aplicações.

Por ser o energético com o menor potencial para impactar o meio ambiente, o gás natural ainda é indicado para as indústrias que mantém projetos ecológicos e almejam a obtenção dos certificados de conformidade com as normas ambientais, além de aprimorarem sua imagem junto a comunidade.

Fonte: www.anp.gov.br

Ana Claudia

terça-feira, junho 05, 2007

Rede de Distribuição

Mato Grosso do Sul
O Mato Grosso do Sul, precisamente o município de Corumbá, é a porta de entrada do Gasoduto Bolívia-Brasil no país. O gás natural boliviano percorre no estado 717 quilômetros de duto e colabora diretamente para a auto-suficiência energética da região ao contribuir para a construção de termelétricas.
As vantagens financeiras se dão de maneira direta: todo o ICMS do Gasoduto Bolívia-Brasil é recolhido no estado, chegando a representar 15 % da arrecadação de Mato Grosso do Sul. Recursos que podem ser investidos em mais desenvolvimento para a região.
Mantendo sua conduta de total respeito ao meio ambiente, a TBG firmou convênios com o IBAMA que resultaram na criação do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, área que reúne a maior extensão de florestas naturais do estado ainda protegidas.
O respeito ao Pantanal, maior área alagada do mundo, não se limitou à flora e fauna da região. O Plano de Desenvolvimento dos Povos Indígenas da TBG beneficiou 18 aldeias Terena da região, com recursos financeiros alocados, por demanda das próprias comunidades envolvidas, na compra de terras, construção de casas, postos de saúde, escolas e poços artesianos.

São Paulo
Maior mercado consumidor do país, o estado de São Paulo recebe cerca de 75% do gás natural boliviano transportado pela TBG. Percebe-se, junto às indústrias localizadas em áreas de concessão das distribuidoras a troca de outros tipos de combustíveis – mais poluentes – pelo gás natural.
A oferta de gás vem proporcionando novos e maiores investimentos nos segmentos termelétrico e industrial de São Paulo. Com as dezenas de hidrelétricas e termelétricas que possui, o estado tem investido em parcerias com a iniciativa privada visando novos empreendimentos na área energética, necessários para atingir o equilíbrio do estado que produz 22% da energia elétrica do país e consome cerca de 32%.
Os principais setores beneficiados diretamente pelo gás são os de química e petroquímica, papel e celulose, metalúrgico e de alimentos e bebidas , além do combustível também ser utilizado em veículos em diversas regiões do estado.

Paraná
O Paraná tornou-se o primeiro estado da Região Sul a ter todos os segmentos do mercado – comercial, industrial, veicular, residencial e de geração de energia – utilizando o gás natural.
O Gasoduto Bolívia-Brasil traz ao estado cerca de 1 milhão de metros cúbicos de gás natural por dia.
EE Núcleo Araucária
Dentro de sua política de preservação ambiental a TBG firmou convênios com o IBAMA e com o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) que resultaram na destinação de recursos financeiros para a preservação de áreas como o Parque Nacional Superagüi, a maior ilha do estado e o Parque Estadual do Cerrado e o Parque Estadual de Campinhos.
O gás natural transportado pela TBG abastece a Usina Termelétrica de Araucária, com potencial de consumo de 2 milhões de m3 por dia.

Santa Catarina
O gás boliviano é fornecido às empresas instaladas na Região Norte do Estado, Vale do Itajaí, Grande Florianópolis e Região Sul. É relevante também o abastecimento da Termelétrica Catarinense Norte e a criação de condições favoráveis para o surgimento de um pólo cerâmico em Campo Alegre.
Segmentos industriais têxtil, metal-mecânico, de matérias plásticas e produtos alimentares se utilizam de gás natural, um combustível menos poluente e, portanto, menos agressor ao meio ambiente.

A preservação das condições naturais regionais foi preocupação da TBG ao atravessar o estado. Em Aparados da Serra, divisa com o Rio Grande do Sul, foi construído um complexo túnel vertical, para que a floresta fosse integralmente protegida.
Através de convênios com IBAMA e com a Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina, o Parque Nacional de São Joaquim, o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro e o Parque Botânico do Morro do Baú receberam diversos tipos de investimento nas áreas de cartografia, pesquisa e conservação ambiental e construções que contribuem diretamente para a sobrevivência da maioria das espécies silvestres do estado.

Rio Grande do Sul
A Estação de Medição de Canoas é o ponto final do Gasoduto Bolívia-Brasil.
São 184,3 quilômetros do Gasoduto em território gaúcho, integrando uma rede de gasodutos de 320 quilômetros que distribui o gás natural vindo do Gasoduto Bolívia-Brasil em todo o estado. Cerca de 200 quilômetros instalados na Região Metropolitana de Porto Alegre e 120 quilômetros na Região da Serra.
Estação de distribuição São Franciso
O Gasoduto Bolívia-Brasil, junto com os gasodutos Cruz Del Sur (Jaquarão-Porto Alegre) e TSB (Uruguaiana-Porto Alegre), será o ponto de partida para a criação de uma rede de energia em todo o sul do continente.
O Gasoduto apresenta condições para, em alguns anos, o Rio Grande do Sul, atualmente importador de 70% da energia que consome, passar a exportador para outros importantes centros de consumo do sul do país.
Além da indústria, os segmentos veicular, termelétrico, de comércio e de serviços já utilizam o produto, o Rio Grande do Sul.
Clayton.